Com peso da Vale, Ibovespa descola dos EUA e opera no vermelho

Também se soma ao sentimento a notícia de que o FMI cortou nesta terça (19) suas projeções de crescimento global para 2022 e 2023

Lá fora, os investidores seguem repercutindo uma expectativa de um Federal Reserve mais duro em maio
19 de abril, 2022 | 03:09 PM

Bloomberg Línea — Apesar da alta nos índices acionários americanos, o Ibovespa (IBOV) recua na tarde desta terça, com o peso do papel da Vale (VALE3) puxando para baixo. Os papéis de bancos, como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) também recuam e pesam no principal índice da Bolsa de São Paulo.

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Lá fora, os investidores seguem repercutindo uma expectativa de um Federal Reserve mais duro em maio, após James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, reforçar novamente a necessidade de o banco central americano agir de maneira mais rápida para controlar a inflação, admitindo que estaria apto a considerar até um incremento de 0,75 ponto nas próximas reuniões.

Também se soma ao sentimento a notícia de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta terça-feira (19) suas projeções de crescimento global para 2022 e 2023, dizendo que o impacto econômico da invasão na Ucrânia pela Rússia “se propagará por toda parte”.

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  • Perto das 16h00, o Ibovespa caía 1%, a 114.537 pontos
  • O dólar subia 0,5%, a R$ 4,68
  • Nos EUA, o Dow Jones subia 1,23%, o S&P 500, 1,32%, e o Nasdaq, 1,73%

A temporada de balanços americana continua nesta terça-feira, com a Johnson & Johnson (JNJ) subindo depois de divulgar resultados do primeiro trimestre que superaram as estimativas e elevaram seus dividendos. O avanço ocorre apesar da farmacêutica cortar sua previsão de lucro anual e suspender as orientações para as vendas de vacinas covid-19.

Até agora, com apenas 48 empresas no S&P 500 reportando resultados, 79% publicaram surpresas positivas, mostram dados compilados pela Bloomberg. Na segunda-feira, o Bank of America juntou-se a uma série de lucros superados por grandes credores.

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.

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