Ibovespa cai seguindo exterior, em sessão de baixa para commodities

Mercados repercutem preocupações com o crescimento econômico em meio à guerra e a lockdowns na China, após corte nas projeções do FMI

Novos lockdowns na China em meio ao avanço da covid podem contribuir para menor crescimento econômico global.
19 de abril, 2022 | 09:30 AM

Bloomberg Línea — O sentimento de aversão ao risco dá o tom dos mercados nesta terça-feira (19), em meio a novos lockdowns na China – dado o avanço da covid-19 –, o recrudescimento da guerra e preocupações com o crescimento econômico global em meio à forte pressão inflacionária.

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Por aqui, o Ibovespa (IBOV) opera em queda nesta manhã, seguindo o mau humor externo. Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira cedia 0,66%, aos 114.927 pontos. Já o dólar subia, negociado a R$ 4,67.

Em um dia de queda para as commodities, como o petróleo e o minério de ferro, os papéis de empresas ligadas ao setor recuavam na B3: as ações da Vale (VALE3) cediam 2,3%, enquanto as de 3R Petroleum (RRRP3) caíam 2,97% e as de Petrorio (PRIO3) recuavam 0,72%. Os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), contudo, tinham alta de 1,2% e 2,5%.

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Os investidores seguem repercutindo uma expectativa de um Federal Reserve mais duro em maio, após James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, reforçar novamente a necessidade de o banco central americano agir de maneira mais rápida para controlar a inflação, admitindo que estaria apto a considerar até um incremento de 0,75 ponto nas próximas reuniões.

Também no radar, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta terça-feira (19) suas projeções de crescimento global para 2022 e 2023, dizendo que o impacto econômico da invasão na Ucrânia pela Rússia “se propagará por toda parte”.

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Agora, a instituição prevê um crescimento econômico global de 3,6% para este e o próximo ano, uma queda de 0,8 e 0,2 ponto percentual em relação às projeções divulgadas em janeiro.

“Os efeitos da guerra se propagarão por toda parte, aumentando as pressões de preços e exacerbando desafios políticos significativos”, escreveu Pierre-Olivier Gourinchas, conselheiro econômico do FMI, em relatório.

Na cena externa, as bolsas caíam mais de 1% na Europa, na volta do feriado de Páscoa, enquanto nos Estados Unidos, os índices futuros tinham leve queda. Por lá, as atenções seguem ainda sobre a divulgação de balanços corporativos, com destaque para o primeiro nome do setor de “tech”, Netflix (NFLX).

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Confira o desempenho dos mercados na manhã desta terça-feira (19):

  • Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o Ibovespa cedia 0,66%, aos 114.927 pontos;
  • O dólar à vista (USDBRL) tinha alta de 0,26%, negociado a R$ 4,67;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 operava estável, a 12,09%;
  • Nos EUA, os índices futuros operavam próximos da estabilidade: o do S&P 500 cedia 0,17%, enquanto o da Nasdaq tinha queda de 0,34%;
  • Na Europa, de volta do feriado, as bolsas caem nesta terça: o índice CAC-40, de Paris, caía 1,3%, enquanto o Stoxx 600 cedia cerca de 1,2%;

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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