Ibovespa cai seguindo índices futuros dos EUA à espera de ata do Fomc

Investidores buscam novas pistas sobre os próximos passos do BC dos EUA em relação ao ciclo de aperto monetário para conter a inflação

Investidores aguardam por sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária nos EUA
25 de mayo, 2022 | 09:26 AM

Bloomberg Línea — Seguindo o desempenho negativo do pré-mercado nos Estados Unidos, o Ibovespa (IBOV) opera em queda na manhã desta quarta-feira (25). Os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Fomc em busca de novas pistas sobre os próximos passos de política monetária dos EUA.

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No Brasil, o investidor monitora a possível votação hoje do projeto que visa reduzir o ICMS sobre determinados bens essenciais, com o objetivo de aliviar a inflação. Já no âmbito corporativo, destaque para a reunião de Conselho da Petrobras, após a nova demissão de um presidente da empresa.

Ontem, as ações PETR3 e PETR4 encerraram o pregão em queda de quase 3%, com o mercado digerindo os possíveis impactos da mudança no comando da petroleira. Nesta manhã, os papéis subiam 0,35% e 0,54%, respectivamente, às 10h15 (horário de Brasília) na B3, em um dia de alta para o petróleo no mercado internacional.

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Confira o desempenho dos mercados na manhã desta quarta-feira (25):

  • Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,57%, aos 109.953 pontos;
  • O dólar à vista subia 0,53%, a R$ 4,85;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 caía três pontos-base, a 12,26%;
  • Nos EUA, os índices futuros operavam em queda: o do Dow Jones cedia 0,35%, o do S&P 500 recuava 0,34%, enquanto o da Nasdaq caía 0,46%;
  • Na Europa, o movimento era de alta para os principais índices acionários: o FTSE, do Reino Unido, por exemplo, subia 0,41%;

Contexto

Os investidores estão preocupados que o crescimento desacelere drasticamente em meio a condições monetárias mais apertadas, com a guerra na Ucrânia e os bloqueios da China piorando ainda mais as perspectivas. Os traders estão cortando as apostas de aumento da taxa do Fed em meio a sinais de crescimento mais fraco nos EUA. O presidente do Fed Bank de Atlanta, Raphael Bostic, um formulador de políticas “dovish” (favorável a taxas de juros mais baixas), recomendou seus colegas a proceder com cuidado.

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“Nosso cenário central continua sendo que uma recessão pode ser evitada e que os riscos geopolíticos serão moderados ao longo do ano, permitindo que as ações subam”, disse Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management, à Bloomberg. “Mas as quedas recentes do mercado sublinharam a importância de ser seletivo e considerar estratégias que mitiguem a volatilidade.”

na China, a rígida política de covid do país está superando as amplas medidas para apoiar o crescimento e tem mantido os investidores cautelosos. O compromisso da potência asiática com a “zero covid” significa que é quase certo que o país perderá sua meta de crescimento econômico por uma grande margem pela primeira vez.

-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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