Ibovespa sobe na contramão de Wall Street, que cai com peso de dados fracos na China

Investidores repercutem dados econômicos da China e dos Estados Unidos, com a temporada de resultados corporativos chegando ao fim

No exterior, sentimento era de aversão ao risco, após sinais de mal-estar econômico dos Estados Unidos e da China.
16 de mayo, 2022 | 09:42 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) apresenta ganhos na manhã desta segunda-feira (16), em uma semana marcada pela divulgação dos últimos balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre.

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O movimento é contrário ao visto no exterior, em que o mau humor tomava conta enquanto os investidores avaliavam os mais recentes sinais de mal-estar econômico dos Estados Unidos e da China em meio a especulações sobre a trajetória de alta dos juros do Federal Reserve, o banco central americano.

Entre as commodities, a sessão era de queda para o petróleo, com os lockdowns na China pressionando a economia da China, o maior importador da commodity do mundo. Com isso, empresas ligadas ao petróleo, como 3R Petroleum (RRRP3) e Petrorio (PRIO3) recuavam 0,31% e 0,78% na B3, por volta das 10h30 (horário de Brasília).

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Confira o desempenho dos mercados na manhã desta segunda-feira (16):

  • Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o Ibovespa avançava 0,54%, aos 107.504 pontos;
  • O dólar à vista subia 0,54%, a R$ 5,09;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 operava estável, a 12,64%;
  • Nos EUA, os índices operavam em queda: o do Dow Jones caía 0,14%; o do S&P 500 recuava 0,32%, enquanto o Nasdaq caía 0,63%;
  • Na Europa, o índice Dax, da Alemanha, caía 0,71%, enquanto o FTSE, do Reino Unido, subia 0,28%;

Contexto

Nesta segunda (16), dados mostraram que a atividade manufatureira do estado de Nova York se contraiu inesperadamente em maio pela segunda vez em três meses, alimentando preocupações de desaceleração da atividade econômica que pode complicar o caminho de política do Fed. Os rendimentos do Tesouro caíram junto com o dólar.

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Os dados do Fed de Nova York são os primeiros de vários números regionais de fabricação do Fed que serão divulgados nas próximas semanas. Da mesma forma, números decepcionantes podem moderar as apostas em um ciclo acentuado de alta das taxas, à medida que o Fed luta contra a inflação.

Enquanto isso, a produção industrial e os gastos do consumidor da China atingiram os piores níveis desde o início da pandemia, prejudicados pelos bloqueios da covid-19.

O risco de uma desaceleração econômica em meio a pressões de preços e custos crescentes de empréstimos continua sendo a principal preocupação dos mercados. O presidente sênior do Goldman Sachs Group Inc., Lloyd Blankfein, pediu às empresas e consumidores que se preparem para uma recessão nos EUA, dizendo que é um “risco muito, muito alto”.

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-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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