Mercados voláteis e outras 4 coisas que você precisa saber para começar o dia

Veja os assuntos que devem marcar o sentimento dos mercados ao redor do mundo nesta sexta-feira (20)

Com poucos dados econômicos na agenda do dia, mercados devem se guiar pelo sentimento dos investidores
Por Eddie van del Walt
20 de mayo, 2022 | 08:16 AM

Bloomberg — Os futuros em Nova York sobem nesta sexta-feira (20), mas as ações continuam à mercê da volatilidade; há também estímulo monetário da China e a visita de Joe Biden à Coreia do Sul.

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1. Mercados instáveis

Os futuros de Nova York operam em alta nesta sexta (20), mas os mercados americanos caminham para a sétima semana de queda consecutiva, enquanto os investidores temem a possibilidade de desaceleração de crescimento dos lucros. A presidente do Federal Reserve de Kansas, Esther George, disse que “a semana difícil” nos mercados foi surpreendente e que foi “uma das vias pelas quais vão surgir condições financeiras mais estritas”. Hoje pode ser uma prova particularmente severa para os mercados, com risco de maior volatilidade, já que o Goldman Sachs (GS) estima o vencimento de US$ 460 bilhões em derivativos sobre ações individuais e US$ 855 bilhões em contratos vinculados ao índice S&P 500.

2. Estímulos

O Banco Central da China cortou a principal taxa de juros dos empréstimos de longo prazo em 15 pontos base, mais do que o esperado, em um movimento visto como favorável ao mercado imobiliário do país. O setor experimentou oito meses consecutivos de contração nos preços e os gestores estão sob extrema pressão. Houve também más notícias para o já pressionado setor de tecnologia, já que o Canadá proibiu o uso de equipamentos da Huawei e da ZTE em sua rede 5G. Com dois grandes impulsionadores de crescimento na defensiva e os bloqueios por conta da covid pressionando a atividade econômica, a Bloomberg Economics agora prevê que a economia americana se expanda mais rapidamente do que a China em 2022 - a primeira vez que isso acontece desde 1976.

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3. Biden no exterior

O presidente dos EUA, Joe Biden, está considerando uma reunião com Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, nos próximos meses, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Biden poderia visitar o Oriente, disse um funcionário não identificado. Ao mesmo tempo, ele chegou à Coreia do Sul, onde visita nesta sexta-feira (20) uma fábrica de chips da Samsung na tentativa de reforçar as cadeias de suprimentos para reduzir a dependência da China.

4. Apoio na Ucrânia

O G7 concordou com mais de 18 milhões de euros (US$ 19 milhões) em ajuda para a Ucrânia para garantir as finanças num curto prazo ao governo de Kiev. Isso acontece enquanto a administração de Biden anunciou outros US$ 100 milhões em assistência militar na Ucrânia, incluindo equipamentos de artilharia, radares e outros insumos, antes do pacote de ajuda de US$ 40 milhões para o país do leste europeu, enviado ao Congresso na quinta-feira (19) para sua aprovação final. As últimas contribuições elevaram a capacidade total de assistência militar americana à Ucrânia desde a invasão da Rússia a US$ 3,9 bilhões.

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5. Também hoje...

Hoje os mercados estão à mercê do sentimento dos investidores, já que há poucos indicadores para direcioná-los: não há dados relevantes programados para divulgação nem eventos e falas de membros do Federal Reserve. A contagem de sondas de petróleo da Baker Hughes deve sair às 14h no horário de Brasília. Mario Centeno, do Banco Central Europeu, fala às 8h40, enquanto Pablo Hernández de Cos, às 13h30. A Deere & Co., do setor agrícola, está entre as empresas que reportam resultados.

– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.

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