Fintechs têm menos mulheres do que os bancos que pretendem substituir

Estudo mostra as barreiras ainda existentes para aumentar a diversidade de gênero no setor financeiro e aponta políticas que podem ser tomadas

Estátua 'A Menina sem Medo', em Wall Street: presença feminina no mercado financeiro e em fintechs e bancos ainda é reduzida, apontam estudos
Por Leonard Kehnscherper
07 de junio, 2022 | 11:20 AM

As fintechs precisam atrair mais mulheres para sua força de trabalho e criar um ambiente mais inclusivo na luta por talentos, segundo uma pesquisa no Reino Unido que mostra que elas têm menos diversidade de gênero nos seus quadros do que o setor financeiro mais amplo.

Atualmente, homens superam as mulheres na proporção de 2 para 1 nas fintechs do Reino Unido, segundo relatório da Innovate Finance e da EY. As mulheres representavam 44% da força de trabalho geral do setor financeiro em 2019, de acordo com a Catalyst, uma organização sem fins lucrativos que defende locais de trabalho mais favoráveis às mulheres.

O relatório também apontou que as fintechs fundadas e lideradas por mulheres relataram ter menos acesso a capital e financiamento do que aquelas fundadas e lideradas por homens.

As empresas de tecnologia deveriam informar estudantes do sexo feminino em idade escolar e universitária sobre carreiras em fintech e estar abertas a acordos de trabalho flexíveis, de acordo com o relatório. As empresas também devem avaliar regularmente os pacotes de remuneração e acompanhar as disparidades salariais entre homens e mulheres para aumentar a transparência.

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“Na próxima década, acreditamos que as fintech do Reino Unido podem – e devem – se tornar líderes em diversidade e igualdade de gênero”, disseram Janine Hirt, CEO da Innovate Finance, e Anita Kimber, parceira da EY.

As recomendações do relatório foram baseadas em uma pesquisa com cerca de 240 trabalhadores do setor e discussões com grupos e executivos entre julho e setembro de 2021.

O setor de finanças continua a ter dificuldade com a diversidade. As empresas passaram anos tentando aumentar o número de funcionários não-brancos e não-homens em cargos seniores, mas o progresso tem sido lento.

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