Como investir no Metaverso: conheça os produtos que já existem no Brasil

Fundos de investimento, ETFs e COEs exploram universo virtual que vêm conquistando investidores e gestoras de investimento no mundo todo

Mais do que um universo digital, criou-se um mercado de negociação de objetos, terrenos e até obras de arte.
04 de abril, 2022 | 11:43 AM
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Bloomberg Línea — Que o mercado de criptomoedas vem ganhando espaço nas carteiras de investimento não é novidade. Agora, estratégias específicas ligadas ao metaverso vêm sendo desenhadas por instituições financeiras de forma a aproveitar um mercado que tem conquistado investidores – e empresas – no mundo todo.

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O metaverso é um universo digital 3D que oferece aos usuários e empresas oportunidades para mover ativos e serviços do mundo real para o virtual. E nesse ambiente, os NFTs (Non-Fungible Tokens), ativos virtuais colecionáveis, desempenham um papel crucial. Mais do que um universo digital, há um mercado de negociação de objetos, terrenos e até obras de arte sob a forma de NFTs.

Além da participação de grandes empresas, com terrenos e vídeos promocionais, o metaverso conta ainda com desfiles de moda do Fashion Week e até com o novo mascote da Copa do Catar em 2022, da FIFA, o La’eeb, que representa um tradicional cocar árabe e foi criado no metaverso.

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No Brasil, algumas corretoras aproveitam para surfar nesta onda, com ativos voltados para o novo ambiente digital. É o caso do fundo de índice (ETF) NFTS11, que investe nos tokens do setor de mída e entretenimento localizados nas principais plataformas do metaverso, onde as NFTs são criadas e negociadas, lançado nesta segunda (4) pela Investo.

O NFTS11 busca replicar o desempenho do índice “MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders”, que acompanha o mercado de criptomoedas do metaverso e é administrado pela MV Index Solutions (MVIS).

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Entre as principais criptomoedas listadas no índice estão a Decentraland, The Sandbox, Axie Infinity Shards, Gala, Basic Attention Token, Chiliz e Enjin Coin. Com taxa de administração de 0,75% ao ano, o NFTS11 possui suas cotas negociadas próximas dos R$ 100 na B3.

Mais opções para investir

Outros produtos já disponíveis no mercado brasileiro para investir no segmento incluem os fundos de investimento e até Certificados de Operações Estruturadas (COEs), como o Autocall Metaverso – o primeiro produto de investimento focado no metaverso do Itaú (ITUB4), lançado em fevereiro.

Dentre as principais posições estão as ações da Intel (INTC), Meta (FB), Roblox (RBLX) – uma plataforma que permite a criação de universos multiplayers em que os usuários podem acessar, explorar, interagir e jogar –, e a Matterport, empresa líder em digitalização espacial, que oferece ferramentas para mapear espaços físicos e compartilhar o layout na nuvem.

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O COE Itaú Metaverso está disponível a investidores em geral, com aplicação a partir de R$ 5 mil, e prazo de vencimento em até cinco anos.

Já em dezembro de 2021, a Vitreo lançou o primeiro fundo de investimento em empresas e criptomoedas do metaverso aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM): o “Vitreo Metaverso Ações FIA BDR Nível I”.

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Voltado para o público em geral, o fundo tem aplicação inicial de R$ 1 mil. O produto é um fundo de ações de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), com composição de até 20% de ações no exterior e o restante em BDRs emitidas no Brasil. Dentre as empresas que fazem parte do portfólio estão Unity, AMD, Nvidia, Roblox e Meta (ex-Facebook).

Em janeiro deste ano, XP e Rico também lançaram em conjunto um fundo focado em metaverso com aporte inicial de R$ 100: o Trend Metaverso. O fundo replica o índice Bloomberg Metaverse, que reúne 30 ações globais de companhias de tecnologia, como Apple, Microsoft e Meta.

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O Trend Metaverso tem proteção cambial à variação do dólar ante o real, taxa de administração de 0,75% ao ano e não possui taxa de performance.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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