Ibovespa acompanha exterior e cai nesta segunda, puxado por Vale e commodities

Mercado continua a ser moldado por um Fed agressivo, interrupções no mercado de commodities e perspectiva de desaceleração econômica

Sessão é de queda para as principais bolsas globais.
11 de abril, 2022 | 09:28 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) acompanha o exterior e opera em queda na manhã desta segunda-feira (11), com os investidores se concentrando na inflação e no impacto do aperto dos bancos centrais ao redor do mundo. Já o dólar operava estável, negociado a R$ 4,70.

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  • Pesava negativamente sobre o índice a queda das ações da Vale (VALE3), que cediam cerca de 1,8% por volta das 10h20 (horário de Brasília), bem como os papéis de Petrobras (PETR3; PETR4), que caíam 0,6% (ON) e 0,4% (PN) na B3.

O petróleo recuava cerca de 4%, uma reação aos riscos da demanda provocados pelos lockdowns na China, bem como após afirmações de lideranças do Irã de que o acordo nuclear de 2015 se encontra na “sala de emergência”.

Nos Estados Unidos, destaque para o anúncio de Elon Musk de que não irá se juntar ao conselho do Twitter. Após o anúncio, as ações da companhia caíram mais de 7% no pré-mercado nesta segunda em Nova York.

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Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (11):

  • Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava cerca de 0,9%, aos 117.289 pontos;
  • O dólar à vista operava estável, a R$ 4,70;
  • Entre os juros futuros, o DI com vencimento em 2025 subia 17 pontos-base, a 11,97%;
  • Nos EUA, os índice futuros recuavam: o do Dow Jones caía 0,36%, o do S&P 500 tinha baixa de 0,67%, enquanto o da Nasdaq recuava 1,15%;
  • Na Europa, o movimento também era de queda: o Dax, da Alemanha recuava 0,79%, enquanto o FTSE, do Reino Unido, cedia 0,64%;

O sentimento do mercado continua a ser moldado por um Fed agressivo, interrupções no mercado de commodities causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia e a perspectiva de uma desaceleração econômica. As restrições à covid na China ameaçam exacerbar os problemas da cadeia de suprimentos, alimentando ainda mais os riscos de inflação. Os investidores estão aguardando os balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre deste ano para restaurar a confiança nas perspectivas para as ações.

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Enquanto isso, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que a Ucrânia precisa de mais apoio militar, incluindo armas pesadas, já que o país relatou ataques com mísseis russos e disse que espera que a Rússia amplie sua ofensiva no leste nesta semana.

O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, disse que se encontrará com o presidente Vladimir Putin em Moscou nesta segunda-feira, enquanto um novo comandante das tropas russas em terra está despertando o alarme entre as autoridades dos EUA.

-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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