Bloomberg Línea — Os mercados afundaram nesta segunda-feira (13), ampliando o sell-off visto na última semana diante dos temores de um aperto monetário mais agressivo do Federal Reserve para conter o aumento dos preços.
Em Wall Street, as bolsas caíram quase 5%, diante de uma forte onda vendedora de ações, enquanto no Brasil, o Ibovespa (IBOV) derreteu 2,7%, caindo abaixo dos 103 mil pontos, no menor patamar desde janeiro.
O sentimento de maior aversão ao risco contribuiu para uma forte apreciação do dólar ante o real, com investidores buscando uma proteção na carteira dado o cenário de incerteza. A moeda americana avançou 2,6%, negociada a R$ 5,11.
Na Bolsa, a queda quase que generalizada das ações foi liderada pelos papéis de Gol (GOLL4), com baixa de 14,46%, e CVC Brasil (CVCB3), que caiu 11,72%. A sessão também foi de baixa para as blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4), que têm grande peso no índice e caíram 3,17%, 1,52% (ON) e 1,28% (PN), respectivamente.
Destaque ainda para o “inverno cripto”, com forte queda das criptomoedas dada a fuga de investidores de ativos de risco. O movimento, que levou o bitcoin a ser negociado abaixo dos US$ 24 mil, fez com que exchanges suspendessem saques e movimentações.
As atenções recaem sobre as decisões de política monetária no Brasil (Copom) e nos Estados Unidos (Fomc) na quarta-feira (15), que devem elevar novamente as taxas de juros nos dois países. Nos EUA, os mercados estão agora vendo uma taxa terminal em 4% pela primeira vez e estimam que os juros cheguem nesse patamar em meados do próximo ano.
Os traders estimam alta de 175 pontos-base até setembro – o que implica dois aumentos de 50 e um de 75 pontos-base. Se isso acontecer, será a primeira vez desde 1994 que o Fed recorrerá a um ritmo tão agressivo de aperto.
Confira como fecharam os mercados nesta segunda-feira (13):
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