Ibovespa descola do exterior e avança, apesar de quedas nos EUA

Ações dos Estados Unidos caíam para novas mínimas do ano na sexta-feira, devido aos crescentes temores de uma recessão

Oscilações de preços provavelmente serão exacerbadas pelo vencimento mensal de opções vinculadas a ações e fundos negociados em bolsa
20 de mayo, 2022 | 12:49 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) mantinha a trajetória de alta no início da tarde desta sexta (20), apesar dos índices acionários americanos terem apagado ganhos e passado a cair. Por aqui, as principais blue chips como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4;PETR3) e Banco do Brasil (BBAS3) sustentavam a alta do índice.

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As ações dos Estados Unidos caíam para novas mínimas do ano na sexta-feira, devido aos crescentes temores de uma recessão, com a implacável liquidação do mercado agora empurrando o S&P 500 20% abaixo de sua máxima histórica em janeiro.

Confira o desempenho dos mercados nesta sexta-feira (20):

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  • Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,94%, aos 108.007 pontos;
  • O dólar à vista caía 1,29%, a R$ 4,87;
  • Nos EUA, o Dow Jones caía 1,38%, o S&P 500, 1,74%, e o Nasdaq, 2,44%

Contexto

Um fechamento do S&P 500 no nível em que negocia nesta tarde atenderia à definição comum para um mercado em baixa. No final de mais uma semana volátil, as oscilações de preços provavelmente serão exacerbadas pelo vencimento mensal de opções vinculadas a ações e fundos negociados em bolsa.

O S&P 500 está caminhando para sua sétima queda semanal, que seria a mais longa sequência de perdas desde que a bolha das pontocom estourou há mais de duas décadas. Será apenas a quarta sequência de sete ou mais perdas semanais no período pós-Segunda Guerra Mundial, de acordo com o Bespoke Investment Group.

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“É um tamanho de amostra pequeno, mas esses tipos de sequências não ocorreram durante períodos particularmente positivos para o mercado de ações”, escreveram os estrategistas da empresa em nota. “As causas principais da fraqueza foram o FOMC hawkish e as crescentes preocupações com o potencial de uma recessão.”

-- Com informações de Bloomberg News

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.

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