Ibovespa destoa do exterior e sobe no último pregão de maio; dólar cai

Bloomberg Línea — Na contramão das bolsas do exterior, que caem repercutindo as preocupações com a alta da inflação no mundo, o Ibovespa (IBOV) inicia os negócios desta terça-feira (31), último pregão de maio, em alta. Já o dólar caía, negociado próximo de R$ 4,70.

Contribui para os ganhos do principal índice de renda variável da Bolsa brasileria a retomada das ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que sobem mais de 1,5% nesta manhã, após caírem pouco mais de 2% no pregão anterior.

Na agenda doméstica, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados hoje pelo IBGE. A taxa é a menor para esse trimestre desde 2015 e representa uma queda de 0,7 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre anterior, e de 4,3 p.p. na comparação anual.

As bolsas dos Estados Unidos, que estiveram fechadas na segunda (30) por causa do feriado de Memorial Day, voltam a negociar ativos nesta terça, e o pré-mercado indica uma abertura em baixa para os índices acionários.

Na zona do euro, o índice de inflação ao consumidor (CPI) teve alta de 0,8% em maio na comparação mensal e de 8,1% no acumulado em 12 meses. O dado veio acima dos 7,7% apontados pela mediana das projeções de mercado. Com isso, intensifica-se o debate no Banco Central Europeu sobre a rapidez de aumento das taxas de juros na região.

Entre as commodities, o preço do petróleo bruto Brent subiu acima de US$ 120 o barril depois que a União Europeia concordou em buscar uma proibição parcial para as importações do petróleo russo. Os custos mais altos de energia e alimentos estão mantendo uma pressão crescente sobre os preços em todo o mundo e reduzindo o poder de compra dos consumidores.

As ações globais estão a caminho de encerrar o mês com ganhos modestos diante do ceticismo sobre se o mercado está perto das mínimas e à medida que a volatilidade permanece elevada. Os temores de que os aumentos das taxas de juros no mundo induzam uma recessão, a inflação persistentemente alta e a incerteza sobre como a China impulsionará sua economia estão mantendo os investidores cautelosos.

Confira o desempenho dos mercados nesta terça-feira (31):

• Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,60%, aos 111.703 pontos;
• O dólar à vista recuava 0,64%, a R$ 4,72;
• Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 recuava três pontos-base, a 12,37%, enquanto o DI para 2027 cedia dois pontos-base, a 12,19%;
• Nos EUA, os índices futuros recuavam: o do Dow Jones caía 0,60%, o do S&P 500 recuava 0,58%, enquanto o da Nasdaq tinha baixa de 0,29%;
• Na Europa, apenas o índice FTSE, do Reino Unido, subia, destoando das principais bolsas da região. O índice CAC-40, de Paris, por exemplo, cedia 1,4%;

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