Mercados

Ibovespa sustenta patamar acima dos 121 mil pontos; dólar e juros caem

Nos Estados Unidos, bolsas operavam entre perdas e ganhos nesta sexta, após relatório de emprego sinalizar um mercado de trabalho robusto

Ganhos do índice de renda variável brasileiro eram puxados pela alta de empresas varejistas.
01 de Abril, 2022 | 03:31 PM

Bloomberg Línea — Os mercados operam de forma mista na tarde desta sexta-feira (1), primeiro pregão de abril, com investidores digerindo o relatório de emprego dos Estados Unidos, que reforçou o argumento do Federal Reserve, o banco central americano, de usar aumentos agressivos das taxas de juros para combater a inflação.

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No Brasil, o Ibovespa (IBOV) subia cerca de 1%, negociado acima dos 121 mil pontos – patamar não visto desde agosto de 2021. Já os contratos de juros futuros e o dólar recuavam.

Entre os destaques da Bolsa estavam os papéis de mineradoras, que subiam com a alta do minério de ferro, e varejistas, impulsionadas pela baixa da divisa americana e dos juros.

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Os maiores ganhos eram puxados por Méliuz (CASH3), que subia 8,2%, por volta das 15h20 (horário de Brasília), seguido por Sabesp (SBSP3), com alta de 7,7%, e Cielo (CIEL3), que avançava 7,4%. Gol (GOLL4), Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3) apareciam na sequência, com valorização de 6,7%, 6,5% e 6%, respectivamente.

Na ponta oposta, das perdas, Suzano Papel (SUZB3) e Dexco (DXCO3) ocupavam o topo da lista, com quedas de 1,7% e 2,38%.

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As ações de Petrobras (PETR3; PETR4) também cediam 0,14% e 1,05%, em um dia de baixa da ordem de 1% para o petróleo tipo WTI, negociado abaixo dos US$ 100 o barril.

Confira o desempenho dos mercados nesta sexta-feira (1):

  • O Ibovespa subia 1,02%, por volta das 15h20 (horário de Brasília), negociado aos 121.228 pontos;
  • O dólar à vista recuava 0,79%, negociado aos R$ 4,70;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 cedia 16 pontos-base, a 11,22%;

Quadro externo

Nos Estados Unidos, os mercados repercutiam os dados de emprego divulgados nesta manhã, que mostraram a criação de quase meio milhão de vagas em março e uma queda acima do esperado na taxa de desemprego. O resultado sinaliza um mercado de trabalho robusto que provavelmente apoiará o aperto agressivo do Federal Reserve nos próximos meses.

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Os payrolls não-agrícolas aumentaram 431.000 no mês passado, após um ganho de 750.000 revisado para cima em fevereiro, segundo o relatório do Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu para 3,6%, perto do mínimo pré-pandemia, e a taxa de participação na força de trabalho aumentou. Já os ganhos salariais aceleraram.

A estimativa mediana de uma pesquisa da Bloomberg com economistas previa um avanço de 490 mil nos payrolls e que a taxa de desemprego caísse para 3,7%.

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“Embora o relatório de emprego de hoje tenha sido um pouco mais brando do que o esperado, ele ainda mostra um mercado de trabalho fumegante”, disse Seema Shah, estrategista-chefe da Principal Global Investors, à Bloomberg. “Os vestígios finais da covid-19 estão perto de serem totalmente erradicados dos dados econômicos dos EUA – a taxa de desemprego está apenas um pouco acima do nível pré-pandemia e o número de pessoas em demissão temporária está de volta ao que era antes de março de 2020.”

  • Nos EUA, o Dow Jones passou a subir 0,22%, enquanto o S&P 500 e o índice da Nasdaq operavam estáveis;
  • Na Europa, as bolsas fecharam em alta: o FTSE, do Reino Unido, subiu 0,30%, enquanto o CAC-40, de Paris, avançou 0,37%;

Os investidores começam hoje um novo trimestre se perguntando se os combates na Ucrânia, o isolamento da Rússia e a virada cada vez mais agressiva do Fed gerarão ainda mais volatilidade e perdas para ações e títulos. As matérias-primas são a única classe de ativos-chave a apresentar grandes ganhos até agora em 2022, já que as ações globais terminaram o trimestre com sua primeira perda desde o mercado baixista da pandemia.

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Mariana d'Ávila

Mariana d'Ávila

Redatora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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