Chefe do BID vê janela para mais investimentos na América Latina

“Não quero que uma única empresa olhe para a China antes de olhar para a América Latina e o Caribe”, disse Mauricio Claver-Carone

Chefe do BID também vê investimentos anuais na região acima de US$ 20 bilhões anuais como “o novo normal” para a instituição
Por Maria Eloisa Capurro e Shery Ahn
18 de mayo, 2022 | 11:16 AM

Bloomberg — A América Latina e o Caribe têm uma oportunidade única de garantir novos investimentos e aumentar gastos em infraestrutura, à medida que os recentes eventos geopolíticos favorecem a região, segundo o chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento

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“Há uma oportunidade para a região brilhar”, disse Mauricio Claver-Carone, o primeiro não latino-americano a liderar a instituição, em entrevista à Bloomberg TV antes da conferência New Economy Gateway da Bloomberg, que começa nesta quarta-feira (18) no Panamá.

O sentimento de risco entre os investidores mudou em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, interrupções na cadeia de suprimentos e lockdowns. Ele espera que a região cresça de 2% a 3% este ano, ou até mais do que as estimativas atuais.

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O chefe do BID também vê investimentos anuais na região acima de US$ 20 bilhões anuais como “o novo normal” para a instituição. No ano passado, o banco com sede em Washington emprestou um recorde de US$ 23,5 bilhões para a região, com foco em impulsionar a economia e oferecer linhas de crédito para comprar vacinas.

O banco também busca aumentar o número de investidores norte-americanos na região, com foco no financiamento “geralmente” em serviços e manufatura, bem como infraestrutura.

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“Não quero que uma única empresa olhe para a China antes de olhar para a América Latina e o Caribe”, disse. Desde que foi nomeado, Claver-Carone defende um aumento de capital para o braço da organização que empresta ao setor privado.

O governo do presidente americano Joe Biden está tentando fortalecer seus laços com a região ao enfrentar um aumento de migrantes vindos da América Latina e planeja apresentar um pacote para impulsionar a atividade econômica na Cúpula das Américas no próximo mês em Los Angeles.

Seus esforços já enfrentam resistência. O presidente do México disse que pode faltar ao evento a menos que representantes de Cuba, Venezuela e Nicarágua sejam convidados.

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O BID está fazendo “todo o possível” para que a cúpula seja “bem-sucedida”, disse Claver-Carone.

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