Eletrobras é privatizada e vende ação a R$ 42 em oferta de R$ 33,7 bilhões

Venda de controle da União para investidores privados é bem-sucedida e papel sai com desconto de 4,5% em relação ao preço indicativo

Venda do controle da Eletrobras representa a privatização mais importante da União desde o fim da década de 1990, com a venda da Telebrás, segundo analistas
Por Vinícius Andrade - Cristiane Lucchesi e Rachel Gamarski
09 de junio, 2022 | 06:55 PM
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Bloomberg — A oferta subsequente de ações que levou à histórica privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6) levantou cerca de R$ 33,7 bilhões nesta quinta-feira (9), segundo pessoas com conhecimento do assunto.

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A Eletrobras, por meio da emissão de novos papeis, e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), principal acionista que se desfez de participação na oferta, venderam 697.476.856 de ações a R$ 42,00 cada uma, com um desconto de de 2,4% em relação ao preço de fechamento desta quinta (R$ 43,04 a ação ordinária), disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas porque as informações ainda não são públicas.

O lote suplementar de 104.621.528 ações também foi vendido integralmente devido à grande demanda.

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O preço ficou 4,5% abaixo do valor indicativo de R$ 44 que consta do prospecto da oferta.

Com essa combinação de emissão de novas ações da Eletrobras e a venda de uma fatia por parte do BNDES, a participação do governo federal recua dos atuais 68,6% para algo próximo de 40%. Ou seja, o governo deixa de ter o controle da maior empresa do setor elétrico na América Latina.

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A conclusão do follow-on representa o fim de uma dos processos mais demorados e complexos de venda de uma estatal brasileira. Os planos mais recentes de venda do controle são dos tempos do governo de Michel Temer, a partir de 2016, mas esbarraram na resistência principalmente de políticos que apontam que a maior estatal do setor elétrico tem peso estratégico na atuação de diferentes estados.

No governo de Jair Bolsonaro, sob a liderança do ministro da Economia, Paulo Guedes, os planos foram retomados, mas novamente o processo foi paralisado em diferentes momentos por causa da resistência.

Eletrobras e BNDES não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Bloomberg News.

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Os bancos que lideram a oferta são BTG Pactual (BPAC11), Bank of America, Goldman Sachs (GS), Itaú BBA, XP (XP), Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse (CS), JPMorgan (JPM), Morgan Stanley (MS) e Safra.

(Atualizado às 22h33)

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-Com Bloomberg Línea

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