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Bloomberg — Atualiza cotações - 21h55 em 15 de maio de 2022
O dólar operava em alta no início da madrugada desta segunda-feira (16), enquanto os futuros dos principais índices asiáticos e americanos apontavam para a possibilidade de ganhos nos mercados.
Os contratos subiam no Japão, Austrália e Hong Kong após um salto liderado pela tecnologia em Wall Street na sexta-feira (13) em uma semana tumultuada para os mercados.
O risco de uma desaceleração econômica em meio à alta inflação e ao aumento dos custos de empréstimos é a principal preocupação dos mercados, juntamente com a guerra da Rússia na Ucrânia e os lockdowns de covid-19 que prejudicam o crescimento da China.
A China deve relatar os indicadores econômicos mensais mais fracos desde o início da pandemia. Analistas estão divididos sobre se o banco central cortará a taxa de juros dos empréstimos de política de um ano na segunda-feira.
O Banco Popular da China efetivamente cortou a taxa de juros para novas hipotecas no fim de semana, buscando reforçar um mercado imobiliário em dificuldades.
Dentre os títulos soberanos, uma questão-chave é se as preocupações com o crescimento ajudarão a conter a liquidação deste ano, impulsionada pela inflação e pelos aumentos das taxas. O rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos começava a semana em 2,92%.
O S&P 500 tem mais uma desvantagem antes de testar a média móvel crucial de 200 semanas
O escopo do Federal Reserve de combater as pressões de preços sem causar um pouso forçado na maior economia do mundo permanece em dúvida, pressagiando mais volatilidade do mercado. Portanto, muitos traders continuam cautelosos em chamar um fundo para as ações, apesar da queda de 17% nas ações globais este ano.
”Há uma crença de que poderíamos ver uma calmaria de curto prazo antes de outra perna mais baixa com um maior grau de pânico envolvido”, disse Chris Weston, chefe de pesquisa do Pepperstone Group, em nota.
O presidente sênior do Goldman Sachs (GS), Lloyd Blankfein, pediu às empresas e consumidores que se preparem para uma recessão nos EUA, dizendo que é um “risco muito, muito alto”.
Os economistas da empresa cortaram suas previsões para o crescimento dos EUA neste ano e no próximo – eles agora esperam que a economia cresça 2,4% este ano e 1,6% em 2023, abaixo dos 2,6% e 2,2% anteriores.
Os preços dos alimentos e dos combustíveis estão contribuindo para o aumento dos custos, com o petróleo em torno de US$ 110 o barril e a medida da Índia para restringir as exportações de trigo deve repercutir nos mercados agrícolas globais.
Preocupações geopolíticas na Europa relacionadas à guerra Rússia-Ucrânia provavelmente permanecerão no centro das atenções. A Finlândia e a Suécia avançaram para a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte, potencialmente amplificando as tensões.
O sentimento parece ter se estabilizado nas criptomoedas após a derrota da semana passada. O Bitcoin obteve ganhos no fim de semana e foi negociado perto de US$ 31.000.
Alguns dos principais movimentos nos mercados:
Ações
Os futuros do S&P 500 subiam 0,2% às 21h55, horário de Brasília. O S&P 500 subiu 2,4% na sexta-feira
Os futuros do Nasdaq 100 avançavam 0,5%. O Nasdaq 100 subiu 3,7% na sexta-feira
Índice Topix do Japão subia 0,9%
Índice S&P/ASX 200 da Austrália avançava 0,7%
Índice Kospi da Coreia do Sul subia 0,3%
Moedas
O Bloomberg Dollar Spot Index operava próximo à estabilidade
O euro era negociado em US$ 1,0405, queda de 0,1%
O iene japonês estava em 129,41 por dólar, queda de 0,2%
O yuan offshore estava em 6,7943 por dólar, alta de 0,1%
Títulos
O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos avançava dois pontos base para 2,94%
O rendimento dos títulos de 10 anos da Austrália caía um ponto base para 3,39%
Commodities
O petróleo bruto West Texas Intermediate subia 0,2%, para US$ 110,68 o barril
O ouro era negociado em US$ 1.813,06 a onça
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