JBS vê ano trabalhoso com custos altos e margens menores nos EUA

Os custos, desde embalagem a mão de obra e logística, vêm aumentando no segmento de carne bovina da empresa nos EUA

As vendas da JBS aumentaram 21% em relação ao ano anterior, para R$ 91 bilhões, enquanto o lucro líquido mais que dobrou para R$ 5,1 bilhões.
Por Tatiana Freitas
12 de mayo, 2022 | 07:45 AM

Bloomberg — A JBS (JBSS3) maior fornecedora de carne do mundo, vê um ano difícil pela frente em meio a aumento de custos e redução de margens de carne bovina nos EUA, mesmo após seu negócio de frango impulsionar os lucros do primeiro trimestre.

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Os custos, desde embalagem a mão de obra e logística, vêm aumentando no segmento de carne bovina da empresa nos EUA. Isso pode ser compensado com a melhoria das operações de frango nos EUA e na Austrália, de acordo com o CEO Gilberto Tomazoni.

“Não veremos as margens do ano passado (no negócio de carne bovina nos EUA)”, disse Tomazoni em entrevista. “Mas ainda serão margens saudáveis.”

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O Ebitda ajustado da JBS totalizou R$ 10 bilhões no primeiro trimestre, superando as estimativas de analistas de R$ 9,6 bilhões. As vendas aumentaram 21% em relação ao ano anterior, para R$ 91 bilhões, enquanto o lucro líquido mais que dobrou para R$ 5,1 bilhões.

Enquanto as operações nos EUA se beneficiaram de forte demanda e preços mais altos, as margens da Seara, seu negócio brasileiro de frango e alimentos processados, caíram, pois a empresa repassou apenas parte dos custos mais altos. Os lucros das operações de carne bovina do Brasil dispararam à medida que as vendas de cortes e marcas mais caras aumentaram.

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“Será um ano muito trabalhoso. Mas quando eu olho o conjunto da JBS, somos positivos”, disse Tomazoni, destacando o portfólio diversificado e os locais de produção da empresa.

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