Bloomberg Línea — Os mercados ensaiam uma recuperação nesta terça-feira (14) depois da derrocada na véspera, com os investidores analisando novos dados de inflação americana antes da decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã (15).
Os preços pagos aos produtores dos Estados Unidos subiram 0,8% em maio ante abril e 10,8% em relação ao ano anterior, ressaltando as pressões inflacionárias persistentes em toda a economia que provavelmente manterão o banco central americano aumentando agressivamente as taxas de juros.
Seguindo uma melhora dos índices futuros nos EUA, o Ibovespa (IBOV) avançava 0,71%, por volta das 10h20 (horário de Brasília) e o dólar recuava, após subir mais de 2% no dia anterior com investidores buscando proteção em um cenário de aversão ao risco.
O ambiente, contudo, é de cautela. As atenções seguem voltadas para a Super Quarta, com início hoje das reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. A expectativa é de alta das taxas de juros em ambos os países.
De acordo com a pesquisa mensal de gestores de fundos do Bank of America (BAC), os temores de estagflação dos investidores são os mais altos desde a crise financeira de 2008, enquanto o otimismo do crescimento global caiu para o menor nível desde o início do levantamento.
As expectativas de lucro global também caíram para os níveis de 2008, com os estrategistas do BofA notando que as baixas anteriores nas expectativas de lucro ocorreram durante outras grandes crises de Wall Street, como a falência do Lehman Brothers e o estouro da bolha das pontocom.
Confira o desempenho dos mercados nesta terça-feira (14):
- Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,71%, aos 103.327 pontos;
- O dólar à vista recuava 0,28%, negociado a R$ 5,10;
- Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 subia cinco ponros-base, a 12,84%;
- Nos EUA, os índices futuros subiam: o do Dow Jones avançava 0,35%, o S&P 500 0,52%, e o da Nasdaq 0,77%;
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