Petrobras sobe mais de 5% e puxa Ibovespa; dólar supera R$ 4,70 com exterior

After Hours: Planos do Fed de aperto monetário e combate à inflação estiveram no radar, junto com dados de seguro-desemprego nos EUA

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07 de abril, 2022 | 04:28 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) apagou a queda vista pela manhã e acelerou os ganhos na tarde desta quinta-feira (7), seguindo a retomada das bolsas dos Estados Unidos e fechando em alta de 0,54%, aos 118.862 pontos.

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O índice foi puxado pelo bom desempenho da Petrobras (PETR3; PETR4), que teve forte alta reagindo ao preço do petróleo e também à definição sobre o comando da empresa. Na quarta, o Ministério de Minas e Energia confirmou a indicação dos nomes de José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da estatal e de Marcio Andrade Weber para presidir o conselho de administração da companhia.

As ações ordinárias da petroleira encerraram o pregão em alta de 5,01%, a R$ 36,69, enquanto as preferenciais subiram 5,19%, a R$ 34,04.

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Também figuraram entre as maiores altas do índice as ações de Braskem (BRKM5), com ganhos de 6,96%, Eletrobras ON (ELET3), que subiram 3,14%, e Americanas (AMER3), que avançaram 2,38% nesta quinta.

Já o dólar (USDBRL) subiu pelo terceiro dia seguido e voltou a ser negociado aos R$ 4,73. Pela manhã, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 4,77, seguindo a tendência internacional para o câmbio e em meio à continuidade do avanço dos rendimentos dos Treasuries.

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Por outro lado, as taxas de juros mais curtas recuaram após o presidente Jair Bolsonaro anunciar bandeira verde de energia, que deve trazer alívio para o IPCA e ajudar o Banco Central a encerrar o ciclo de alta da Selic em maio.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em evento virtual que a autoridade monetária tem instrumentos para combater inflação e que o Brasil está no caminho certo nesse sentido. Ele afirmou que vê surpresas positivas de curto prazo na área fiscal, além de preços de commodities na correlação certa com o câmbio e ingresso de fluxos de empresas brasileiras.

Na agenda de indicadores, o número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu na semana passada, para o menor patamar desde 1968, apoiando a afirmação da autoridade monetária de que a economia está forte o suficiente para suportar os aumentos de taxas.

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De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram em 5 mil, para 166 mil na semana encerrada em 2 de abril. A estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas previa 200 mil pedidos.

Confira o fechamento dos mercados nesta quinta-feira (7):

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Ainda no exterior, investidores monitoraram a guerra na Ucrânia, após os EUA anunciarem novas sanções contra dois dos maiores bancos da Rússia e contra as filhas adultas do presidente Vladimir Putin.

Nesta quinta, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia pediu mais armas em uma reunião da Otan em Bruxelas e criticou a Alemanha por ser lenta demais para ajudar. A Assembleia Geral das Nações Unidas deve votar nesta quinta-feira (7) sobre a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos, já que o presidente dos EUA, Joe Biden, acusou as forças do Kremlin de cometer “grandes crimes de guerra” na Ucrânia.

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Os ministros das Relações Exteriores da Europa também devem discutir um embargo de petróleo à Rússia quando se reunirem no início da próxima semana.

-- Com informações de Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.

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