Pouco alívio nos mercados e outros 4 fatos para você saber para começar o dia

Bloomberg — A terça-feira começa com pouco alívio nos mercados acionários, embora os futuros americanos sejam negociados em leve alta depois da liquidação de ontem (13). Também nos Estados Unidos, bancos e casas de análise alertam para um aumento possivelmente maior da taxa básica de juros amanhã (15). No radar do dia, a queda do bitcoin (BTUSD), perda do poder de compra no Reino Unido e a agenda de dados do dia.

1. Pouco alívio

Depois da liquidação de ontem, os futuros americanos apontam para um leve rali na abertura de hoje. Já a recuperação dos títulos no início da sessão de hoje parece perder força, enquanto o petróleo estendeu os ganhos e é negociado a US$ 122 o barril. A volatilidade dos ativos foi impulsionada pelo relatório de inflação divulgado na última sexta-feira (10) e pela expectativa de uma reação mais forte do Federal Reserve amanhã.

2. Risco incomum

Os investidores do mercado de títulos estão preparados para um aumento de 75 pontos base na taxa de juros pelo Federal Reserve na quarta-feira (15). Enquanto o presidente da autarquia, Jerome Powell, prometeu aumentar a taxa dos fundos federais em 50 pontos-base este mês, um artigo do Wall Street Journal sugeriu que os formuladores de políticas consideravam um aumento maior depois da divulgação dos altos números de inflação para maio. Enquanto isso, o JPMorgan (JPM) disse que há um “risco incomum” de uma alta de 100 pontos-base.

3. Queda do bitcoin

A perda de liquidez nos mercados levou o bitcoin ao seu nível mais baixo em 18 meses. Mas a queda não tem apenas motivação externa, já que a suspensão de saques da plataforma de empréstimos Celsius aumentou as preocupações de que o risco sistêmico no ecossistema de criptomoedas poderia acelerar o colapso do mercado de ativos digitais. A plataforma MicroStrategy, empresa com maior número de bitcoin em caixa, pode ter que fornecer garantias adicionais para empréstimos, com o bitcoin testando uma faixa de preço destacada no mês passado pela empresa.

4. Problemas no Reino Unido

O Banco da Inglaterra enfrenta duros dados econômicos antes da reunião prevista para quinta-feira (16). O poder de compra das famílias sofreu a maior queda em pelo menos 21 anos, com a inflação devorando os aumentos salariais. O Brexit ainda causa tensão quase seis anos depois que o Reino Unido votou por sair da União Europeia. Desde então, a libra nunca se recuperou completamente. O primeiro-ministro Boris Johnson está entrando em uma nova briga com seu próprio Partido Conservador sobre um plano para desfazer o acordo, arriscando uma guerra comercial com a UE e represálias legais.

5. Também hoje...

Sobre dados econômicos, o NFIB Small Business Optimism Index, que mede o índice de otimismo de pequenos negócios, chegou a 93,1 em maio, em linha com o que era esperado. Os dados do PPI, o Índice de Preços ao Produtor, serão divulgados às 9h30 no horário de Brasília. É esperado que os preços ao produtor subam 0,8% no mês ante 0,5% em abril devido aos custos de energia e alimentos. Hoje os bancos centrais estão relativamente em silêncio: o primeiro dia da reunião de dois dias do FOMC, Comitê Federal do Mercado Aberto, começa hoje, enquanto Isabel Schnabel, do Banco Central Europeu, fará um discurso sobre a fragmentação do mercado de títulos da zona do euro às 14h20.

– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.

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