Setor tech chinês oferece oportunidades aos EUA, diz ex-Google

Mercado de capitais do país está aberto a investidores norte-americanos

Inteligência artificial e robótica vêm sendo utilizadas cada vez mais nas fábricas chinesas
Por Claire Ballentine
07 de abril, 2022 | 06:43 PM

Bloomberg — Há “sinais de esperança” na relação entre Estados Unidos e China, principalmente quando se trata de assistência médica e tecnologia de ponta como inteligência artificial, de acordo com o investidor Kai-Fu Lee.

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A tecnologia profunda é uma área que a China está comprometida em fazer vigorar”, disse o ex-executivo da Google (GOOGL) e CEO da Sinovation Ventures, com sede em Pequim, na quinta-feira (7) durante o Bloomberg Wealth Summit em Nova York. “Agora há uma janela de oportunidade.”

O mercado de capitais chinês está aberto a investidores norte-americanos, disse ele em um painel moderado por Caroline Hyde, da Bloomberg Television.

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Sua empresa de capital de risco – uma das primeiras da China a ter uma presença nos EUA – é capaz de investir em praticamente qualquer empresa chinesa, e ele acredita que Pequim gostaria que muitas das empresas do país fossem listadas nos EUA.

A China tem procurado tranquilizar investidores que o capital de risco ainda tem um papel a desempenhar no setor de tecnologia após medidas duras do governo contra a iniciativa privada terem eliminado US$ 1,5 trilhão em valor de mercado no ano passado.

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As medidas abriram espaço para uma nova geração de startups selecionadas em um programa do governo que visa fomentar uma indústria de tecnologia que possa competir com o Vale do Silício nos EUA.

A inteligência artificial e a robótica estão sendo cada vez mais usadas nas fábricas chinesas. O governo está interessado em ajudar a apoiar essas áreas, bem como a indústria de semicondutores.

O capital de risco “está indo para IA, semicondutores, descoberta de medicamentos, e é nisso que passamos a maior parte do nosso tempo”, disse Lee.

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‘Salvando vidas’

A pandemia – principalmente o mais recente surto de vírus em Xangai – estimulou a colaboração entre as nações, disse ele.

“Isso está salvando vidas”, disse. “Estou um pouco otimista que, quando um novo medicamento for inventada, isso será transfronteiriço, um novo tratamento será transfronteiriço”.

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Em sessão anterior na conferência de quinta-feira, o CEO da Ares Management, Michael Arougheti, disse que vê oportunidades em ativos chineses de empresas em dificuldade financeira (as “distressed companies”).

Um dos maiores retornos ajustados ao risco que vejo agora é, por exemplo, investir em distressed companies na região Ásia-Pacífico e na China especificamente”, disse Arougheti, cuja empresa sediada em Los Angeles é uma das empresas dominantes em crédito privado.

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