Traders amadores sonham em pagar dívida estudantil com mercado

No entanto, estrategistas alertam que, com luta contra a inflação e aumento de investimentos em criptomoedas, riscos estão maiores

Americanos deviam US$ 1,7 trilhão em dívidas estudantis no final do ano passado, de acordo com o Federal Reserve
Por Peyton Forte
19 de abril, 2022 | 04:35 PM

Bloomberg — Histórias de sucesso de americanos que usaram o mercado de ações pós-pandemia para se livrarem das montanhas de dívidas estudantis continuam inspirando investidores do tipo faça você mesmo.

PUBLICIDAD

Mas, embora as ações tenham fornecido um caminho consagrado pelo tempo para a criação de riqueza para gerações de americanos, alguns aspectos desse mais recente esforço de saída rápida de dívidas não agradam à velha guarda de investimentos conservadores de Wall Street.

Com a luta contra a inflação aumentando a volatilidade em todas as classes de ativos, e ativos exóticos como criptomoedas ainda entrando em portfólios de varejo, eles alertam que o risco de resultados ruins é mais alto do que nunca.

PUBLICIDAD

“A maioria das pessoas que administram suas próprias carteiras só sabem gerar retornos usando ações de crescimento” disse Julian Emanuel, estrategista-chefe de ações e quantitativos da Evercore, se referindo a setores antes em alta, como tecnologia, que viram os valuations despencarem este ano.

“Ninguém quer pagar seus empréstimos com renda regular”, disse Ilianna Salas, estudante de 25 anosdfd

Ilianna Salas não se deixa deter. A jovem de Los Angeles, de 25 anos, está investindo em empresas como Sweetgreen e Olaplex.

PUBLICIDAD

“Ninguém quer pagar seus empréstimos com renda regular”, disse Salas, que está negociando ações na esperança de ganhar o suficiente para cobrir seus pagamentos de cerca de US$ 300 por mês. “Sinto que muitas pessoas estão no mesmo barco.”

Americanos deviam US$ 1,7 trilhão em dívidas estudantis no final do ano passado, de acordo com o Federal Reserve. Não há estatísticas sobre quantos destes devedores estão investindo atualmente, mas eles provavelmente tem dinheiro disponível.

Em março, o Federal Reserve Bank of New York estimou que quase 37 milhões de tomadores de empréstimos estudantis tinham aproximadamente US$ 195 bilhões em pagamentos suspensos por medidas de alívio durante a pandemia.

PUBLICIDAD

Agora que o governo Biden estendeu mais uma vez a pausa nos pagamentos de empréstimos estudantis federais, muitos traders amadores estão aumentando suas apostas em ações e criptomoedas.

Nadia Vanderhall, uma consultora de finanças pessoais de 37 anos que mora na Carolina do Norte e começou a comprar ações durante a crise financeira de 2008, está usando o tempo extra antes do reinício dos pagamentos no final de agosto para “alavancar ainda mais os investimentos”. Ela agora está investindo em empresas de segurança cibernética e fabricantes de veículos elétricos e adicionando mais criptomoedas para reduzir os cerca de US$ 23.000 que ainda deve.

PUBLICIDAD

Jake Jolly, estrategista sênior de investimentos do BNY Mellon Investment Management, alerta que “é preciso cautela” ao investir em criptomoedas, já que é tão difícil descobrir “um preço justo”.

“Não é algo que você queira fazer de qualquer jeito e adicionar uma parte significativa ao seu portfólio”, disse.

PUBLICIDAD

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

PUBLICIDAD

Ano de Copa: CBF espera faturar mais R$ 1 bilhão em 2022

Rússia aprende a viver com situação econômica após quase dois meses de guerra

Últimas BrasilCriptomoeda
PUBLICIDAD