Bloomberg Línea — Com os investidores à espera de dados de inflação nos Estados Unidos amanhã (10) e em meio a preocupações de que o aumento dos preços possa levar a economia a uma recessão, os mercados acionários globais tiveram um dia de queda nesta quinta-feira (9).
Em Wall Street, as bolsas chegaram a cair até 2,75% na Nasdaq, enquanto no Brasil o Ibovespa (IBOV) fechou em queda de 1,18%, perdendo o patamar dos 108 mil pontos. Já o dólar avançou, negociado a R$ 4,92.
Na Bolsa, as maiores altas do dia foram lideradas pelas ações das operadoras de saúde Hapvida (HAPV3) e Sulamérica (SULA11), com ganhos de 2,98% e 2,69%, respectivamente. Já do lado das perdas, os papéis de CSN (CSNA3) e Magazine Luiza (MGLU3) encabeçaram o grupo, com baixas de 6,65% e 6,52%.
A sessão também foi de baixa para o minério de ferro e para o petróleo, contribuindo para a queda de ações ligadas a commodities, como Vale (VALE3), que caiu 3,38%, e Petrobras (PETR3; PETR4), com recuos de 1,19% (ON) e 1,44% (PN).
Confira como fecharam os mercados nesta quinta-feira (9):
Contexto
Os mercados repercutiram nesta quinta a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de fazer o primeiro aumento de juros em mais de uma década, de forma a conter a forte inflação na zona do euro.
A autoridade monetária se comprometeu a elevar os juros em 0,25 ponto percentual na reunião do próximo mês e deixou as portas abertas para uma alta maior no encontro seguinte, em setembro. As taxas estão negativas em 0,50% desde 2019.
O anúncio sinaliza um caminho mais rápido do que o esperado por analistas para o aperto monetário na zona do euro, em meio a uma recuperação mais fraca da pandemia. Como esperado, o banco central também interromperá as compras de ativos em grande escala daqui a três semanas.
Na agenda doméstica, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,47% em maio, abaixo dos 0,60% esperado por economistas consultados pela Bloomberg. No ano, o IPCA acumula alta de 4,78%, e, nos últimos 12 meses, de 11,73%.
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