Amazon reporta prejuízo e ações caem 10% no pós-mercado

Gigante de tecnologia e e-commerce teve seu primeiro prejuízo desde 2015 e projeta crescimento mais lento

Amazon vem enfrentando aumento de custos de energia e mão de obra e a mudança de hábitos de compras à medida que as pessoas retornam às atividades pré-pandemia
Por Matt Day
28 de abril, 2022 | 05:01 PM

Bloomberg — A Amazon (AMZN) projeta um crescimento lento de vendas no segundo trimestre. A maior varejista online luta para aproveitar os ganhos dramáticos que obteve no início da pandemia. As ações caíram cerca de 10% em negociações de pós-mercado em Nova York.

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A receita esperada é de US$ 116 bilhões a US$ 121 bilhões no período que termina em junho, disse a Amazon nesta quinta-feira (28) em comunicado. Analistas, em média, estimavam US$ 125 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A Amazon vem enfrentando o aumento dos custos de energia e mão de obra e a mudança de hábitos de compras à medida que as pessoas retornam às atividades pré-pandemia. A empresa começou na quinta-feira a lançar uma taxa de 5% cobrada de vendedores independentes em seu site que usam seus serviços de remessa, uma medida projetada para diminuir o impacto da inflação e o aumento dos custos de combustível. No início deste ano, a Amazon elevou o preço de seu programa de envio rápido Prime em US$ 20 para US$ 139 por ano nos EUA.

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Apesar dessas pressões, os analistas de Wall Street têm sido quase unânimes em seu otimismo sobre as perspectivas da Amazon, citando os investimentos maciços da empresa em capacidade de manuseio e entrega de pacotes e o crescimento contínuo em seus negócios altamente lucrativos de computação em nuvem e publicidade.

“A pandemia e a guerra subsequente na Ucrânia trouxeram crescimento e desafios incomuns”, disse o CEO Andy Jassy no comunicado. “Como não estamos mais buscando capacidade física ou de pessoal, nossas equipes estão totalmente focadas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede de atendimento. Nós sabemos como fazer isso e já fizemos isso antes. Isso pode levar algum tempo, principalmente porque trabalhamos com pressões inflacionárias e da cadeia de suprimentos em andamento.”

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As vendas aumentaram 7,3%, para US$ 116,4 bilhões, atendendo às estimativas dos analistas. Esse é o ritmo de crescimento mais lento desde 2001 e marca a primeira vez que a Amazon registrou trimestres consecutivos de menos de 10% de crescimento de receita.

A empresa também registrou prejuízo líquido de US$ 3,8 bilhões, ou US$ 7,56 por ação, em comparação com lucro de US$ 8,1 bilhões, ou US$ 15,79 por ação, no período do ano anterior. A Amazon disse que incluiu um prejuízo de US$ 7,6 bilhões em despesas não operacionais de seu investimento na Rivian. Foi o primeiro prejuízo líquido da empresa em sete anos.

As ações caíram para um mínimo de US$ 2.560 em negociações pós-mercado, após fecharem em US$ 2.891,93 em Nova York. O papel acumula perda de 13% este ano em meio a um amplo declínio no S&P 500.

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